quarta-feira, 15 de julho de 2009

RELATO DA 3ª OFICINA

A terceira oficina aconteceu dia 10 de junho de 2009. O início da oficina foi muito interessante e enigmático, recebemos um cartão em forma de triângulo, que precisou ser desvencilhado para descobrimos o que estava escrito no centro: “Iniciar novos caminhos é sempre um bom momento em nossas vidas, ainda mais se começamos a caminhada com vontade e disposição, esperando encontrar pessoas e coisas interessantes que nos ajudarão a aumentarmos nosso conhecimento, modificarmos nossa visão do mundo e desenvolvermos nossas competências para um saber viver e uma atuação profissional melhor”. Em seguida, a professora formadora Daiana aplicou a dinâmica da História do quadrado inconformado, que foi fantástica! (Aliás, a professora Daiana tem um jeito todo especial de contar histórias que encanta quem as ouve!) Sendo esta uma ótima sugestão para trabalharmos com os alunos com objetivos diversos. Para tanto, reproduzo-a na íntegra, caso possa servir para outros colegas:



HISTÓRIA DO AUTOCONHECIMENTO.










Era uma vez uma folha de papel quadrada inconformada com a quadradice de sua vida. Entrou em crise.Sua primeira reação foi se olhar sob outros ângulos.Em busca de transformação, a folha se preparou e fez um movimento de voltar-se para si mesma.A transformação conseguida com esse movimento deixou a folha muito feliz. Contente, partiu-se e descobriu em si novas formas: triângulos.Ao repetir o movimento de voltar-se para si em um dos triângulos, mesmo sob outros ângulos, descobriu novos triângulos.Inconformada com a repetição dos triângulos, saiu em busca de novos movimentos. Reage. Estuda seu grande triângulo e faz outro movimento de voltar-se para si, com outra disposição.Parte-se. Abandona a parte já conhecida (triângulo) e encontra uma nova forma: um trapézio.Virou que virou até que se descobriu... um barco!! Ufa!! Transformação total. Pôde viajar por “mares nunca dantes navegados”.E viajou: mares longínquos, águas desconhecidas, profundas, até que, durante uma tempestade (como essas que há na vida de todos nós), foi arremessada contra o rochedo e partiu-se ao meio.Nova reação! Olhou-se sob outro ângulo e se descobriu...um par de sapatos!!!Caminhou por terras longínquas, terras exóticas, terras misteriosas, caminhou tanto que chegou a gastar o calcanhar de um de seus sapatos.Mas, sua determinação não a deixava desistir. Continuou a explorar outros espaços, caminhando com um só sapato, até que, distraída, não viu que “no meio do caminha tinha uma pedra” e tropeçou. O sapato partiu-se e perdeu o bico. Ao perder o bico constatou que lhe restava sua forma original: o quadrado – sua identidade: sua essência enriquecida por novos conhecimentos, experiências e possibilidades!!!
Depois tivemos que reconstruir o tangran, atividade esta que exigiu atenção e persistência!









Conta uma lenda chinesa que, há 4000 anos, um homem deixou cair um azulejo que se quebrou em 7 pedaços. Na tentativa de recuperar a forma original, o homem descobriu que a combinação das peças produzia uma infinidade de figuras. Nasceu, assim, o jogo mágico de criar formas e figuras com o tangram.
A partir dessa lenda, nós também fomos desafiadas a criar figuras diverasas com as peças
do tangram, com as quais montamos dois painéis muito legais, que podem ser observados na foto!!!

Num terceiro momento, refletimos sobre a teoria dos gêneros textuais e também discutimos sobre os principais gêneros textuais que circulam no nosso dia a dia, aqueles que já estamos trabalhando em sala de aula, bem como comentamos sobre a necessidade de incluir mais gêneros textuais em nossas aulas de Língua Portuguesa. Como é o caso da fábula moderna da Cigarra e da Formiga.
A socialização do Avançando na prática foi um momento muito significativo, pois cada colega foi colocando sua experiência a qual era comentada e complementada pelas demais. Percebemos que em muitas turmas sentimos a necessidade de trabalhar algumas questões teóricas antes de aplicar a atividade, o que tornou a atividade muito mais significativa. Esse momento também foi muito interessante, pois algumas colegas incrementaram suas atividades com sugestões muito interessantes.
Após a socialização do avançando na prática, lemos alguns poemas e refletimos sobre o gênero poético. Eu acabei pegando aleatoriamente um poema que eu aprecio muito do Fernando Pessoa:
Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.


E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.


E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Aproveitando esse momento meio mágico a professora Daiana distribuiu a letra da música "Fico Assim sem você” de Adriana Calcanhotto e depois cantamos todas juntas e assistimos o vídeo da mímica da música (Muito legal, por sinal l!!!!!). Em seguida, em grupos pensamos formas para trabalhar a música com os alunos em sala de aula.
Após retomar a idéia principal da dinâmica da história do quadrado que ao estar inconformado com a sua quadradice busca a sua transformação para no final descobrir que a sua identidade, a sua essência sempre será de um quadrado, fomos estimuladas a começar escrever o memorial. Eu fiquei feliz por ter algo já alinhavado, pois tive que produzir um Memorial Descritivo para me inscrever na seleção do Mestrado em Educação nas Ciências, o qual com algumas adaptações já está postado.
Para finalizar a professora nos passou a mensagem “Estratégias de vida” que permite uma bela reflexão sobre a nossa vida!!!

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