sábado, 31 de outubro de 2009

RELATO DA 9ª E 10ª OFICINA

Dia 14 de outubro de 2009, realizamos mais duas oficinas do Gestar, no Instituto Estadual de Educação Maria Cristina.
A cada novo encontro, a nossa professora formadora Daiana nos surpreende com vídeos, mensagens, sugestões de atividades e também retoma os aspectos teóricos trabalhados nos TPs.
O Gestar está sendo realmente muito produtivo, pois os alunos têm gostado muito do trabalho que estamos colocando em prática na sala de aula.
Sou uma pessoa que adora novidades e procura estar sempre trazendo coisas novas para as turmas com as quais trabalho. Meu lema: “Hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje!” e posso dizer, com toda certeza, que este programa veio somar na minha vida!!!!

Bom, depois desses comentários, vou relatar o que aconteceu durante essas oficinas.

Inicialmente fomos levadas a refletir sobre nossa vida, por meio de um texto do poeta Pablo Neruda, que diz:
“Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor ou
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão e
seu redemoinho de emoções,
justamente os que resgatam o brilho dos olhos e
os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz
com o seu trabalho,
ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite,
pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não deixe de morrer lentamente!
Não se esqueça de SER FELIZ!”
Refletimos sobre a mensagem, refletimos sobre a nossa Vida e as atitudes que tomamos diante dela.
“Viver é um grande desafio, portanto, não podemos simplesmente deixar que nossa vida passe como areia pelos dedos de nossas mãos!”

Em seguida, fizemos uma dinâmica do complemento, a partir de versos de poesias precisamos encontrar o verso que fechava com o nosso e depois fomos desafiadas a produzir um texto empregando as palavras presentes no fragmento de poesia formado.

Os nossos versos eram:
“Eu sou um pé sem sapato,
Eu sou o sapato do seu pé!”

Os textos foram tão legais e divertidos que além do texto produzido por mim e pela Márcia T., vou trazer os textos das colegas.


Eu sou o sapato do seu pé...

Eu te levarei porlugares incríveis...

Serei seu companheiroDe todas as horas...

Comigo você sempreEstará seguro...

Comigo você sempre estará na MODA.

Sapatos LUMA


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Classificados poéticos


Troca-se óculos sem lentes, com armação em excelente estado, por um par de lentes que permita ver as coisas belas davida. Preciso com urgência que essa troca se realize antes que o tempo passe e eu seja absorvida pela feiúra que nos cerca. Interessados. Entrar em contato pelo telefone 99072156, ou na rua da miopia, sem número.

(Soni e Rosane)
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Eu sou uma cabeça sem pescoçoEu sou o pescoço da sua cabeça.Eu sou uma camisa sem botãoEu sou o botão de suacamisa.Toda cabeçaE todo pescoçoMerecem uma camisa com botão.Use a camisa da POOL!A camisa que vai entrar na sua cabeça!

(Isolde e Márica H. )
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Mala sem alça
Mala sem alça
Alça sem mala.
Você é uma mala
Você não tem alça.
Mala sem alça
Mala difícil de carregar.
Você é uma mala
Mala sem alça.
Mala que não me acompanha
Que fica para trás.
Mala sem alça
Não quero para mim.
(Nair, Lisete e Simone)


Neste dia, revimos a teoria sobre Argumentação e linguagem; Produção Textual: Planejamento e Escrita. Trabalhamos as Unidades 21 e 22.

A discussão foi iniciada com a seguinte frase: “Toda linguagem é ideológica porque, ao refletir a realidade, ela necessariamente a refrata”. Santaella (1996)

Por trás de todo ato comunicativo há persuasão!
Nossa própria existência de seres humanos é moldada pela nossa capacidade de agir pela linguagem, pois distinguimo-nos de outras espécies animais porque somos capazes de nos constituir humanos pelo exercício da faculdade da linguagem.
Assim, cada cultura organiza historicamente seus códigos de comunicação, seja na formação de seu vocabulário e estruturação sintática e semântica, seja na adequação dos textos às situações sóciocomunicativas.
É pela linguagem que organizamos o saber, a vida.
Pela linguagem agimos sobre nossos pares e sobre o mundo.
Por isso, todos os seres humanos são, ao mesmo tempo, origem e produto da linguagem, origem e produto da história que nos leva a construir formas de comunicação e de atuação específicas.
Visto nessa perspectiva, todo uso da linguagem é argumentativo, pois estabelece uma interação com o outro, uma relação de fazer social.
Toda linguagem é, assim, um processo sempre em movimento.
Para analisar a importância da linguagem verbal e não-verbal na construção da argumentação realizamos a atividade da página 17 do TP6.

Outra atividade realizada foi a organização e defesa de idéias do AAA6 página 17.

Trabalhamos também o texto “ Os parentes” do TP6 (p.44) “As diferentes pistas do texto” do AAA6 (p.33).

Para nos motivar ainda mais, a professora formadora Daiana trouxe uma música maravilhosa “Deus e Eu no Sertão” de Vitor e Leo.

É muito interessante perceber o quanto fazer uma pequena parada para descontrair durante o trabalho torna o trabalho subseqüente muito mais produtivo, pode-se dizer que renovamos as forças com qualquer atividade lúdica, além de estimular a nossa inteligência e criatividade.

Retomamos a teoria sobre a produção textual: planejamento e escrita.
A professora enfatizou que um bom planejamento possibilita o desenvolvimento e o aprendizado do aluno em direção à sua autonomia. Portanto, quando modelamos ou mesmo damos exemplos para o aluno a partir de nossa experiência pessoal, esperamos que isto sirva de alavanca para a sua criatividade, oferecendo alternativas às estratégias que já conhece.

A partir do texto “A primeira cartilha” de Moacyr Scliar, cada um produziu um texto retratando uma experiência engraçada ou relevante de sua vida de estudante ou uma história sobre sua vida de educador.

Outra atividade, muito interessante desenvolvida foi a do TP6, página 219, a partir da qual tivemos que dar continuidade ao texto “Espírito Carnavalesco”, fazer as anotações do planejamento para escrevê-lo, socializar e fazer um planejamento sobre a utilização desse texto em sala de aula com os alunos.

A nossa continuação ficou assim:
a) Continuação do texto.

- Mas será que eles vão aceitar meus argumentos?
- Não sei, mas alguma atitude precisamos tomar.

Então ele dirigiu-se ao pavilhão para conversar com o presidente da escola.Porém, ao chegar lá e assistir o ensaio, ficou empolgado com a animação dos componentes, sendo que os mesmos o convidaram para participar e fazer parte do bloco.A princípio ficou em dúvida, mas aos poucos foi se envolvendo e sem perceber já estava contagiado pelo espírito carnavalesco.Enquanto isso, a esposa caminhava de um lado para outro em casa, tapando os ouvidos e aguardando o retorno do marido, com a questão solucionada. A impaciência era tanta, que decidiu ir ver o que estava acontecendo. Para sua surpresa, avistou o marido entre os integrantes da escola. Ao avistá-la, o marido, pega ela pela mão arrastando-a para a folia.

b) Planejamento – como trabalhar o texto em sala de aula.

Distribuir uma cópia do texto para os alunos.
Leitura silenciosa do texto.
Em grupo, tecer comentários sobre o texto e refletir sobre a temática abordada.
Produzir um final para o texto.
Desafiar os alunos a confeccionarem uma máscara carnavalesca.
Estimular os alunos a pesquisarem músicas carnavalescas e coreografias.
Apresentação das coreografias escolhidas pelos grupos ao som de músicas carnavalescas.
Socialização final.

À tarde, continuamos “gestando”...

A motivação da tarde foi a história “Catador de pensamentos”, ADOREI!!!!!
Retomamos algumas questões teóricas pertinentes ao processo de produção textual: revisão e edição e a literatura para os adolescentes.

Produzir textos escritos é um ato complexo, pois envolve o desenvolvimento da capacidade de coordenar e integrar operações de vários níveis e conhecimentos diversos: linguísticos, cognitivos e sociais.

O escritor se depara com a necessidade de gerar e selecionar e organizar linguísticamente idéias e conteúdos.

O planejamento textual deve levar em conta, na elaboração do texto: o destinatário e o objetivo (macroplanejamento) e a organização que deve levar ao texto na sua forma final (microplanejamento).

A revisão dos textos (ou releitura) durante a produção ou depois do texto terminado, é “Um tal processo que parece exigir de parte do autor uma capacidade de se distanciar em relação aos seus escritos”.

Para melhor produzir um texto, pode-se observar algumas etapas a serem seguidas. Essas etapas não são obrigatórias nem, necessariamente, sequenciais e lineares, mas dependem das circunstâncias dos objetivos e da audiência:
Geração de idéias;
Consulta;
Seleção e decisão;
Rascunho;
Revisão;
Edição final.

PENSAR ANTES E DURANTE O ATO DE ESCREVER...

É muito importante mostrar para o nosso aluno que o escritor experiente pensa antes de escrever e durante o ato da escrita. Durante uma produção coleteiva é uma boa oportunidade para o professor exemplificar isso.


Produzir texto é agir lingüisticamente (selecionar o que vai ser dito, ativando os conhecimentos prévios ou pesquisando em outras fontes; organizar os conteúdos numa seqüência; selecionar vocabulário, sentenças...Conhecer o gênero textual a ser escrito (forma e função).

Estimular a escrita espontânea e refletir sobre a língua (permitir que os alunos escrevam exatamente do jeito que sabem, dando alguma ajuda quando necessário e num momento posterior refletir sobre o escrito).

LER se aprende LENDO E ESCREVER se aprende ESCREVENDO!!!

Não se aprende escrever num passe de mágica é preciso praticar!!!!!

É preciso que o aprendiz se torne leitor e escritor mesmo antes de poder executar essas tarefas com independência.

Realizamos as atividades das páginas 80 e 88: ”Avaliação, revisão e reescrita” e “como preparar um texto para edição”.
Em seguida, refletimos sobre a literatura para adolescentes, visto que, a literatura é uma possibilidade especial do desenvolvimento, da interpretação, que vai além do conhecimento de dados e da simples informação.

A literatura nos permite desvendar o mundo e a vida a partir da expressão do outro. Como afirma José Paulo Paes: “...a arte, a ficção, amplia a nossa humanidade!!!”.

Para descontrair e nos emocionar ouvimos a música “Eu não sei parar de te olhar”, de Ana Carolina.

Muitas vezes não damos o devido valor ao “olhar”, dizemos muitas coisas com um simples olhar!!!! Brincando com o dito popular “Um olhar, diz mais que mil palavras!”

Depois de nos emocionar, trabalhamos mais um pouco revendo o AAA6 e socializando atividades que julgamos serem interessantes para trabalhar com os alunos.
Abrindo parênteses, na verdade, todo o material do Gestar é muito interessante e não encontrei nenhuma atividade que não seja interessante, a nossa maior dificuldade é tempo para poder desenvolvê-las, em sala de aula.

Após socializarmos os Avançando na prática das Unidades 21, 22, 23 e 24.

Fomos visitar a Biblioteca da escola para escolher um livro de literatura infanto-juvenilpara fazer a atividade do TP6 p. 222 (Preparar a apresentação de uma obra literária para a turma a fim de motivá-las a leitura).

NA BIBLIOTECA, NOS SENTIMOS EM CASA!!!!




















Eu, a professora Márcia H e a professora Isolde escolhemos a obra: “ Um Botão Negro, Outro Branco” de Beto Bevilácqua. E esta é a nossa Proposta:


Motivação:
1) Apresentar o título do livro para os alunos e pedir que façam inferências a respeito do mesmo.
2) Apresentar a capa do livro e questionar se o conceito ou as idéias que tinham levantado anteriormente se mantém ou mudaram.
3)Tendo em vista as análises anteriores, questionar sobre qual será o principal conflito da narrativa (Deixar os alunos apresentarem suas hipóteses).
4)Apresentar rapidamente o assunto que será tratado no livro, eu é o problema do preconceito racial presente na sociedade brasileira, tendo como pano de fundo a escola e o namoro incompreendido e hostilizado de uma menina branca (Maria) com um menino negro (João Pedro).

A proposta das colegas também ficou muito interessante:

Rosane, Soni e Simone.



Obra escolhida: “O Fantástico Mistério de Feiurinha” de Pedro Bandeira.

Motivação:
1) Conversar com a turma a respeito dos contos maravilhosos que eles conhecem.
2) Chamar a atenção para a estrutura dos contos: Como são as personagens, como as histórias costumam terminar; Fazer o questionamento: Que tal ler uma história que promove o encontro de várias personagens dos contos maravilhosos? Vocês sabem o que acontece depois de “viveram felizes para sempre”? Vamos ver o que nos conta a obra de Pedro Bandeira “O fantástico mistério de Feiurinha”.



Márcia T., Lisete e Nair.



Obra escolhida: “Tarzan Minhoca” de Jéferson Assunção.

Motivação:
1) Fazer a dinâmica “Quem sou”.
2) Montar um painel com as características da vida de cada aluno, e que muitas vezes não são aceitas pelo grupo.
3) Leitura do início da obra, salientando aos alunos que a personagem da história, também tem suas características próprias, que o deixam com a autoestima baixa.
4) Leitura do restante da obra pelos alunos.
5) Em grupo relacionar o tema da obra com a realidade que os alunos enfrentam no seu cotidiano.
6) Salientar a importância da valorização dos aspectos físicos e psicológicos de cada um, pois nem sempre o físico é fundamental, precisa-se também do psicológico.O encontro foi finalizado com encaminhamento das atividades à distância e apresentação da mensagem “Deficiências” de Mário Quintana.

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